Orçamento-2025: onde está o “rombo”?

Por Antonio Martins

Mercados financeiros ameaçam romper lua de mel com Haddad e “exigem” corte de despesas públicas. Mas omitem a principal: os juros, com os quais se refestelam. Veja, em números e gráficos, a hipocrisia – e como o governo (ainda) a reforça

Cria cuervos, y te sacarán los ojos, adverte um famoso ditado espanhol. Os “mercados financeiros” (leia-se, os rentistas, que ganham muito sem nada produzir) ensaiaram a partir desta segunda-feira (15/4) uma primeira investida contra o governo Lula 3. O dólar subiu 3,1% em dois dias e atingiu, na terça, o patamar mais alto (R$ 5,28) em um ano. A bolsa de São Paulo acumulou queda de 4,2% em cinco dias. O estopim foi uma entrevista coletiva em que o ministro Fernando Haddad anunciou, na mesma segunda, uma alteração mínima nas metas do arrocho (“ajuste”) fiscal que estabeleceu para os próximos anos.

Não houve complacência nos comentários. “Governo abala confiança fiscal”. “É tiro no pé e mostra que governo jogou a toalha”. “Economia oscila entre o medíocre e o arriscado”. “O rombo [no Orçamento] pode chegar a R$ 31 bilhões”. disseram os jornais e TVs. A mensagem política foi ainda mais explícita. Os riscos de a dívida pública disparar estariam reacesos. E a tentativa de “equilíbrio das contas públicas” por meio de aumento de receitas teria se esgotado.

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Postado por: Lucio Alex; Postado em: 23/04/2024

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