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Estudos OPP – Panorama das eleições de 2022: Governo Federal, estadual, Senado e Câmara dos deputados.

O OPP disponibiliza estudo geral das eleições de 2022 por meio de figuras iterativas e gráficos, acompanhados de breves análises. Assim é possível ver o resultado das eleições em cada município e bairro de Fortaleza, como ainda o Ceará no contexto brasileiro considerando votos obtidos pelos candidatos eleitos para a Presidência da República, a Câmara e o Senado.

Encerrado o pleito de 2022, o cenário político nacional já tem seu perfil para os próximos 4 anos definido, bastante diferente dos anos anteriores em questão de composição partidária nas esferas de poder.
Segue abaixo uma síntese do contexto político após as definições de 30 de outubro.

Presidência

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito o 39º presidente da República no domingo (30/10), derrotando Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

O presidente eleito obteve 50,9% dos votos válidos (60.345.999 votos) , enquanto Jair Bolsonaro obteve 49,1% (58.206.354 votos).

A região Nordeste foi decisiva para Lula, onde recebeu 69,34% dos votos válidos, sendo a única região onde o candidato superou Bolsonaro. No Estado do Piauí, Lula venceu com 76,84% dos votos válidos; sendo o estado onde obteve a maior porcentagem na região, seguido pela Bahia, com mais de 72% dos votos válidos, depois, o Maranhão, com mais de 71%. No Ceará o presidente eleito obteve 69,97% dos votos válidos.

Bolsonaro venceu em todas as outras regiões do país, conquistando maior vantagem no sul, onde reuniu 61,84% dos votos válidos.

Confira no mapa os estados onde cada um dos candidatos saiu vitorioso:

Senado

A “onda de direita” que varreu o Legislativo brasileiro nas eleições gerais de 2018 não foi um evento passageiro, como demonstram os resultados eleitorais para a Câmara e Senado.”¹

“O PL, partido de Bolsonaro, terá em 2023 a maior bancada do Senado, graças aos oito candidatos eleitos. Bolsonaristas e aliados do Centrão que colaram em Bolsonaro conquistaram 15 das 27 vagas no Senado, entre eles figuram alguns nomes, a exemplo de Magno Malta, no Espírito Santo; Jorge Seif, ex-secretário da Pesca, em Santa Catarina; Marcos Pontes, em São Paulo; Wilder Morais, em Goiás; e Jaime Bagatolli, em Rondônia. Além destes, a ex-ministra Damares Alves, eleita pelo Distrito Federal; o atual vice-presidente Hamilton Mourão, que garantiu vaga no Rio Grande do Sul; e Sérgio Moro, pelo Paraná.”²

Apenas oito candidatos apoiados por Lula conseguiram se eleger, seis deles da região Nordeste, sendo eles: Camilo Santana no Ceará; Renan Filho em Alagoas; Otto Alencar na Bahia; Flávio Dino no Maranhão; Teresa Leitão em Pernambuco, Wellington Dias no Piauí, Beto Faro no Pará; e Omar Aziz no Amazonas.

Acre: Alan Rick (UNIÃO) – 154.312 votos – 37,46%

Alagoas: Renan Filho (MDB) – 845.988 votos – 56,92%

Amapá: Davi Alcolumbre (UNIÃO) – 196.087 votos – 47,88%

Amazonas: Omar Aziz (PSD) – 783.939 votos – 41,42%

Bahia: Otto Alencar (PSD) – 4.218.333 votos – 58,31%

Ceará: Camilo Santana (PT) – 3.389.513 votos – 69,76%

Distrito Federal: Damares Alves (REPUBLICANOS) – 714.562 votos – 44,98%

Espírito Santo: Magno Malta (PL) – 821.189 votos – 41,95%

Goiás: Wilder Morais (PL) – 799.022 votos – 25,25%

Maranhão: Flávio Dino (PSB) – 2.125.811 votos – 62,41%

Mato Grosso: Wellington Fagundes (PL) – 825.229 votos – 63,54%

Mato Grosso do Sul: Tereza Cristina (PP) – 829.149 votos – 60,85%

Minas Gerais: Cleitinho Azevedo (PSC) – 4.268.193 votos – 41,52%

Pará: Beto Faro (PT) – 1.781.582 votos – 42,55%

Paraíba: Efraim Filho (UNIÃO) – 617.477 votos – 30,82%

Paraná: Sergio Moro (UNIÃO) – 1.953.188 votos – 33,50%

Pernambuco: Teresa Leitão (PT) – 2.061.276 votos – 46,12%

Piauí: Wellington Dias (PT) – 962.194 votos – 51,34%

Rio de Janeiro: Romário (PL) – 2.384.331 votos – 29,19%

Rio Grande do Norte: Rogério Marinho (PL) – 708.351 votos – 41,85%

Rio Grande do Sul: Hamilton Mourão (REPUBLICANOS) – 2.593.294 votos – 44,11%

Rondônia: Jaime Bagattoli (PL) – 293.488 votos – 35,80%

Roraima: Hiran Gonçalves (PP) – 118.760 votos – 46,43%

Santa Catarina: Jorge Seif (PL) – 1.484.110 votos – 39,79%

São Paulo: Marcos Pontes (PL) – 10.714.913 votos – 49,68%

Sergipe: Laércio (PP) – 310.300 votos – 28,57%

Tocantins: Dorinha (UNIÃO) – 395.408 votos – 50,42%

Câmara

A composição da Câmara dos Deputados foi definida, e o PL, partido de Jair Bolsonaro, terá a maior bancada da Câmara em 2023. O partido elegeu 99 deputados, 23 congressistas a mais em relação a atual bancada. A federação formada pelos partidos PT, PCdoB e PV, que apoiam Lula, elegeu 80 parlamentares.

“Eleito presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) possui uma base aliada de apenas 140 deputados na Câmara e 20 senadores. Ele terá que negociar com partidos como MDB, PSD, União Brasil, PP e até com parte do PL para garantir maioria no Congresso. O petista, na avaliação de políticos e analistas, não deve ter dificuldade para aprovar projetos de lei, mas precisará negociar com a oposição para aprovar reformas constitucionais, como a unificação dos tributos sobre consumo.”³

“A coligação de dez partidos que apoiou Lula fez 140 deputados na Câmara. A de Jair Bolsonaro (com PL, PP, Republicanos e as siglas que o apoiaram no segundo turno) elegeu 193 deputados. Com apoio de todos os 180 deputados das siglas que ficaram neutras, o petista conseguiria alcançar 320 votos na Câmara. Para aprovar uma proposta de emenda constitucional (PEC) é necessário o apoio de 308 parlamentares. Mas nem todos nos partidos que ficaram neutros devem apoiar Lula — mesmo nas siglas que fizeram campanha para ele, como Avante e Pros, há dissidentes que pediram votos abertamente para o presidente Bolsonaro (PL).”⁴

Vale lembrar que as legendas com mais deputados levam a maior parte do Fundo Partidário.

Confira a composição da Câmara dos Deputados :

Governos Estaduais

Os 26 estados e o Distrito Federal elegeram os governadores que irão assumir cargos em 2023. 14 estados e o Distrito Federal definiram seus governadores já no primeiro turno, enquanto os outros 12 definiram em segundo turno no último domingo (30/10).

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, terá apoio de 11 estados que elegeram governadores aliados, entre eles 4 governadores do Partido dos Trabalhadores (PT), no entanto, 14 estados elegeram governadores de oposição, especialmente no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.

“A relação com os governadores deverá ser uma das bases do novo presidente para emplacar projetos de interesse do governo. Desde o início da campanha, Lula tem dito que pretende chamar governadores e prefeitos das capitais de todo o país, inclusive os partidos de oposição, para uma conversa nas primeiras semanas de governo. Além de defender uma ação alinhada em projetos importantes, o futuro presidente deve definir com os gestores quais obras são prioridade de cada estado. O objetivo é fazer um contraponto a Bolsonaro que teve uma relação de rusgas com os governadores durante o seu mandato, especialmente os de estados do Nordeste.”⁵

Dentre os governadores eleitos em primeiro turno, Lula tem o apoio de seis: Clécio (SD-AP), Elmano de Freitas (PT-CE), Carlos Brandão (PSB-MA), Helder Barbalho (MDB-PA), Rafael Fonteles (PT-PI) e Fátima Bezerra (PT-RN). Neste domingo (30), mais cinco apoiadores declarados de Lula foram eleitos: Jerônimo Rodrigues (PT-BA), João Azevedo (PSB-PB), Paulo Dantas (MDB-AL), Renato Casagrande (PSB-ES) e Fábio Mitidieri (PSD-SE).

Veja abaixo a lista de todos os governadores eleitos:

Acre: Gladson Cameli (PP)

Alagoas: Paulo Dantas (MDB)

Amapá: Clécio (Solidariedade)

Amazonas: Wilson Lima (União Brasil)

Ceará: Elmano de Freitas (PT)

Bahia: Jerônimo (PT)

Distrito Federal: Ibaneis Rocha (MDB)

Espírito Santo: Renato Casagrande (PSB)

Goiás: Ronaldo Caiado (União Brasil)

Maranhão: Carlos Brandão (PSB)

Mato Grosso: Mauro Mendes (União Brasil)

Mato Grosso do Sul: Eduardo Riedel (PSDB)

Minas Gerais: Romeu Zema (Novo)

Pará: Helder Barbalho (MDB)

Paraíba: João Azevêdo (PSB)

Paraná: Carlos Massa Ratinho Junior (PSD)

Pernambuco: Raquel Lyra (PSDB)

Piauí: Rafael Fonteles (PT)

Rio Grande do Norte: Fátima Bezerra (PT)

Rio de Janeiro: Cláudio Castro (PL)

Rio Grande do Sul: Eduardo Leite (PSDB)

Rondônia: Coronel Marcos Rocha (União Brasil)

Roraima: Antonio Denarium (Progressistas)

Santa Catarina: Jorginho Mello (PL)

São Paulo: Tarcísio (Republicanos)

Sergipe: Fábio (PSD)

Tocantins: Wanderlei Barbosa (Republicanos)

[1] Legislativo tem nova “onda de direita” puxada por Bolsonaro – DW – 03/10/2022

[2] Com Senado bolsonarista, impeachment de ministros do STF fica ao alcance de Jair

[3] Parlamentares independentes serão peça-chave para Lula | GZH

[4] Eleito, Lula terá que negociar com a oposição para aprovar reformas constitucionais | Eleições 2022 | Valor Econômico

[5] Com governadores aliados no Nordeste, Lula enfrentará oposição em 14 estados

1 : Pedro Lucas, Lúcio Alex, João Evangelista, Roberto Lima e Francisco Arthur, alunos de graduação da UFC, bolsistas e colaboradores do Observatório. Orientação e revisão, prof. Fernando Pires, coordenador do OPP.

Estudos OPP – O resultado das eleições nos 184 municípios do Ceará e nos bairros de Fortaleza

Por Observatório de Políticas Públicas UFC1

O OPP disponibiliza estudo geral das eleições de 2022 por meio de figuras iterativas e gráficos, acompanhados de breves análises. Assim é possível ver o resultado das eleições em cada município e bairro de Fortaleza, como ainda o Ceará no contexto brasileiro considerando votos obtidos pelos candidatos eleitos para a Presidência da República, a Câmara e o Senado.

Com 6,8 milhões de eleitores, o Ceará é o 8º maior colégio eleitoral do País, nas eleições de segundo turno, 5.649.398 eleitores compareceram às urnas.

Com uma base de prefeitos petistas e de partidos correligionários, o Ceará mostrou sua força em ambos os turnos, com destaque para o segundo, em um movimento de apoio massivo ao candidato do PT. Os gestores municipais cearenses tiveram voz ativa em atos em defesa da democracia e do candidato petista.

Segue abaixo uma visão de como está o Ceará em termos de composição partidária dos executivos municipais e respectivos votos em Lula.

Como destaca o mapa, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou com amplo apoio dos cearenses, derrotando Bolsonaro em todos os 184 municípios do Ceará. Ao todo, o petista conquistou quase 4 milhões de votos no Estado no segundo turno (69,97% dos votos válidos).

Jair Bolsonaro (PL) conquistou 30,03% dos votos válidos (1.634.477).

Os cinco municípios que registraram a maior porcentagem de votos a Lula estão localizados na região sul do estado, sendo eles:

  • Araripe (91,48%)
  • Altaneira (90,82%)
  • Potengi (90,14%)
  • Santana do Cariri (89,82%)
  • Tarrafas (88,92%).
Gráfico 1: quantidade de prefeitos cearenses de cada partido.

O município de Morrinhos, apesar de ter uma forte presença do PT e PSDB em sua Câmara Municipal, além de um prefeito petista, foi onde o candidato do PL chegou mais perto de derrotar Lula no Ceará. Ao todo, Bolsonaro recebeu apoio de 47,87% na cidade. Em Marco, o presidente recebeu 46% dos votos.

O município do Eusébio, onde o Ministério Público Estadual investigou o prefeito Acilon Gonçalves (PL), suspeito de coagir servidores a votar em Bolsonaro, também registrou uma porcentagem expressiva de votos no candidato a reeleição, com 44,57% dos votos.

Em Fortaleza, maior colégio eleitoral do estado, Lula obteve 880.559 votos (58,18% dos votos válidos). Já Bolsonaro obteve 633.009 (41,82% dos votos válidos).

Conforme o mapa, Bolsonaro saiu vitorioso em apenas 5 dos 121 bairros de Fortaleza. Sendo estes:

  • Meireles: 57,61%
  • Guararapes: 55,24%
  • De Lourdes: 54,27%
  • Parque Manibura: 54,15%
  • Aldeota: 52,44%

Em porcentagem, o bairro do Ancuri foi o que deu maior vantagem ao presidente eleito, onde obteve 72,66% dos votos válidos, seguido pela Sabiaguaba com 67,53%, Benfica com 66,22% e Pirambu com 64,97%.

1 : Pedro Lucas, Lúcio Alex, João Evangelista, Roberto Lima e Francisco Arthur, alunos de graduação da UFC, bolsistas e colaboradores do Observatório. Orientação e revisão, prof. Fernando Pires, coordenador do OPP.

O 1º discurso de Lula como presidente eleito e discurso a apoiadores na Avenida Paulista

“A partir de 1º de janeiro de 2023, vou governar para 215 milhões de brasileiros e não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis. Somo um único país, um único povo, uma grande nação”, disse o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu pronunciamento em um hotel em São Paulo após o Tribunal Superior Eleitoral confirmar sua vitória na eleição no domingo (30/10).

Lula afirmou que pretende unir o país após ser eleito para um terceiro mandato com uma vitória apertada, com 50,90% dos votos válidos (com 99,98% das urnas apuradas).

“Chegamos ao final de uma das mais importantes eleições da nossa história. Uma eleição que colocou frente a frente dois projetos opostos de país e que hoje tem um único e grande vencedor: o povo brasileiro”, disse Lula. “Esta não é uma vitória minha, nem do PT, nem dos partidos que me apoiaram nessa campanha. É a vitória de um imenso movimento democrático que se formou, acima dos partidos políticos, dos interesses pessoais e das ideologias, para que a democracia saísse vencedora.”

Continuando seu discurso, Lula disse que não interessa a ninguém “viver num país dividido, em permanente estado de guerra”. “Não interessa a ninguém viver numa família onde reina a discórdia. É hora de reunir de novo as famílias, refazer os laços de amizade rompidos pela propagação criminosa do ódio”, afirmou o presidente eleito.

Assista e confira.

Faça o download do pronunciamento em PDF:

Em discurso a apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que está “metade alegre e metade preocupado” com a transição de governo; confira.

Postado por: Pedro Lucas; postado em: 31/10/2022

Unir o país para mudar o Brasil

Por Luiz Inácio Lula da Silva – Folha de S. Paulo

Neste domingo (30), o Brasil vai decidir seu futuro. Vamos escolher entre o caminho da prosperidade ou o da fome, dos livros ou das armas, da paz ou do ódio, da democracia ou do autoritarismo. Por isso é tão importante que cada cidadão e cidadã exerça o direito de votar. E votar com consciência, pensando no amanhã, no país que vamos deixar para nossos filhos e nossos netos.

Ao longo desta campanha, tive a oportunidade de reencontrar nosso povo nas ruas e praças do país. E o que eu vi nos olhos das pessoas foi o brilho da esperança e a vontade de mudar a vida para melhor. Este é o sentido da nossa candidatura: resgatar milhões de brasileiros e brasileiras da fome, da pobreza e da exclusão, por meio do crescimento sustentável e com distribuição mais justa da riqueza.

O candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursa em São Paulo – Mariana Greif – 10.fev.22/Reuters

Sou candidato mais uma vez porque acredito que é possível realizar essa mudança. Sou candidato para unir o país em um grande movimento em defesa da democracia e pela reconstrução do Brasil. A decisão política mais importante a ser tomada é colocar novamente o povo no centro das atenções do governo. Incluir outra vez no Orçamento os trabalhadores e a maioria da população. Cuidar das pessoas em primeiro lugar, especialmente das que mais necessitam de apoio.

A experiência nos mostra que é perfeitamente possível aumentar a renda e os salários num ambiente de crescimento com estabilidade econômica. Para isso, é necessário que o presidente e o governo atuem com responsabilidade, credibilidade e previsibilidade. Foi assim que vencemos a fome, criamos 22 milhões de empregos e fizemos do Brasil a sexta maior economia do mundo.

É nosso compromisso retomar este caminho e fazer ainda mais, reabrindo os canais de diálogo entre governo e sociedade. Pretendemos definir, junto com os governadores, um conjunto de obras prioritárias e construir mecanismos de financiamento público e privado para a infraestrutura e os recursos estratégicos, de forma a gerar milhões de empregos de qualidade.

Em nosso país, a melhor maneira de fazer a roda da economia girar novamente é dinamizar e expandir o mercado interno. Por isso, é essencial aumentar o valor real do salário mínimo, retomar o Bolsa Família fortalecido, renegociar as dívidas de milhões de famílias e apoiar fortemente os batalhadores das micro, pequenas e médias empresas.

O Brasil é um país extraordinário, pronto para ingressar na economia do conhecimento e iniciar a transição energética e ecológica. Pronto para evoluir para uma agropecuária e uma mineração sustentáveis, uma agricultura familiar mais forte e uma indústria mais verde. Temos compromisso com a preservação da Amazônia e todos os grandes biomas, com o meio ambiente e o enfrentamento da crise climática.

O atual governo deixa uma herança terrivelmente pesada. Foram anos de cortes nos recursos para educação e saúde, arrocho nos salários e explosão do custo de vida. A desumanidade do atual presidente durante a pandemia foi a mais cruel expressão de sua falta de compromisso com o país, com a vida, com os valores cristãos e civilizatórios.

No primeiro turno, a maioria da sociedade brasileira disse não a este governo, apesar de todos os abusos que cometeram para tentar desvirtuar as eleições. Felizmente, ao longo do segundo turno, vimos crescer a unidade dos que, mesmo divergindo, estão juntos pela democracia, juntos pela paz e pelo Brasil.

Vamos com fé e esperança votar neste domingo para construir o futuro do país.

Postado por: Pedro Lucas; postado em: 30/10/2022

Revista Nature publica editorial contra Bolsonaro: ‘Com mais 4 anos, o dano pode ser irreparável’

Por Elika Takimoto

A tradicional revista científica Nature, do Reino Unido, publicou nesta terça-feira 25 um editorial em que se manifesta contra Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição presidencial no Brasil, a ser disputado no próximo domingo 30. Segundo o veículo, se o ex-capitão obtiver um novo mandato, “o dano pode ser irreparável”.

Nature acrescenta que “o histórico de Bolsonaro é de arregalar os olhos” e que, sob a liderança do presidente “o meio ambiente foi devastado quando ele retirou proteções legais e menosprezou os direitos dos povos indígenas”.

Elika Takimoto explica no vídeo abaixo:

@elikatakimoto

Uma das maiores revistas do mundo se posicionou politicamente. Se liga no recado!

♬ som original – Elika Takimoto

https://www.tiktok.com/@elikatakimoto/video/7158866321810132230

Postado por: Pedro Lucas; postado em: 28/10/2022

EDUCAÇÃO EM DEFESA DA DEMOCRACIA – Comunidade acadêmica da UFCA pela vitória de Lula!

Por ADUFC

A comunidade acadêmica da Universidade Federal do Cariri (UFCA) canta a música “Sem medo de ser feliz” (de autoria de Leonardo Leone baseada na versão original de Hilton Acioli – versão nordeste) em apoio à candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Seguimos em defesa da educação, da ciência, da tecnologia, da democracia. Pela vitória definitiva de Lula nas Eleições 2022, lutemos! A esperança vai vencer o ódio e a estrela brilhará outra vez!

Postado por: Pedro Lucas; postado em: 28/10/2022

Cansei

Por Andre Haguette

Escrevo essas linhas movido pelo cansaço! Estou cansado do presente processo eleitoral iniciado há quatro anos e que parece não ter fim. Cansado dos debates acusatórios. Cansado da guerra de guerrilha entre verdades e mentiras deslavadas. Cansado da vulgaridade e do despreparo do presidente da República. Cansado da violência, dividindo parentes, amigos, colegas de profissão, arriscando inflamar a sociedade toda. Cansado do uso deturpado da religião para fins políticos, individuais ou partidários.

Cansado da velha política do atraso praticada pelo Congresso sob a batuta corrupta do Centrão. Cansado da crescente utilização das forças armadas na política partidária, contrariando suas funções constitucionais. Cansado dos recorrentes ataques às urnas, ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal. Cansado de uma sociedade rachada ao meio que faz questão de não ver a pobreza e a miséria que se acumulam nas suas entranhas, uma sociedade roída por dentro que não se conserta.

Cansado de ver o país isolado, alheio à convivência e colaboração com as nações democráticas ocidentais. Cansado mesmo da constante violação dos direitos humanos e da contumaz violência moral, física e institucional contra indígenas, mulheres, negros e LGBTQIA . Cansado do abandono das periferias pelo Estado, e sua entrega à violência do crime organizado, das milícias, das forças policiais.

Cansado do salário mínimo sem aumento real e do trabalho informal. Cansado da grande quantidade de deputados federais e senadores que são alvos de processos ou de investigações. Cansado da crueldade de um sistema carcereiro abjeto, escola do crime. Cansado da política de armamento. Cansado do enfraquecimento da educação pública e da pesquisa, do corte de verbas para o ensino superior, a merenda escolar, as creches e as farmácias populares.

Cansado do duplo padrão dos sistemas de saúde, educação, transporte, justiça etc. Cansado de uma classe média ocupada em reforçar a organização social vigente e negar qualquer mudança estrutural, sendo cúmplice de tudo que está aí. Cansado sobretudo de ver uns 50 milhões de eleitores votarem para dar continuidade a esse descalabro todo.

É longa a lista dos motivos para o meu cansaço. Sim, cansei da inércia do país, que se enrola cada vez mais em torno de si mesmo. Dói ler que 63% dos jovens sonham em deixar o país. O Brasil está a se tornar uma republiqueta de duzentos e catorze milhões de habitantes manietados por falsas elites dominando a economia e os poderes executivo e legislativo federais.

Mas não posso deixar meu cansaço se transformar em depressão ou letargia política, sabedor que sou de que essa situação somente poderá ser modificada pouco a pouco, a médio e longo prazos. A solução não virá pelo alto, de cima para baixo, mas, pelo contrário, de baixo para cima, como exigência das classes abusadas e excluídas, essas mesmas que votaram maciçamente em Lula no primeiro turno das atuais eleições. Elas me incitam a transformar meu cansaço em indignação e ação. Se o caminho para a transformação será longo, ele se inicia com a derrota da extrema-direita.

Postado por: Pedro Lucas; postado em: 27/10/2022

LULA 13 NO SEGUNDO TURNO.

Por Professoras e professores do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC)

Fortaleza, outubro de 2022.

Nós, professoras e professores do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), vimos nos manifestar veementemente contra o atual governo que, de modo programático, reduziu profundamente os recursos do Ministério da Educação e comprometeu a qualidade do ensino, pesquisa e extensão das universidades públicas.
 
E com a certeza da retomada dos investimentos na educação e na ciência, declarar apoio a LULA para presidente da república no segundo .
 
Vanda Claudino Sales, José Borzacciello da Silva, Levi Sampaio, Edson Vicente da Silva, Clélia Lustosa, Eliza Zanella, Jeovah Meireles, Flávio Nascimento, Iara Gomes, Amaro Alencar, Alexsandra Teles, Carlos Henrique Sopchaki, Edivani Barbosa, Jáder Santos, Rúbson Maia, Alexandre Pereira, Tiago Cavalcante, Adryane Gorayeb, Vládia Oliveira, Alexandra Oliveira, Dirceu Cadena, Eustógio Dantas, Christian Dennys.

Drauzio Varella: “Bolsonaro foi um ativista para disseminação do vírus da covid”

A chapa Lula-Alckmin recebeu na terça-feira (18) apoio de representantes da saúde, que criticaram a condução da pandemia pelo governo Jair Bolsonaro (PL). O vice do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB), se reuniu com os profissionais, criticou o “ativismo antivacina” e disse que há 12 dias para “virar votos”.

Presente, o médico Drauzio Varella disse que, durante a pandemia, Bolsonaro não foi um negacionista, mas “um ativista para disseminação do vírus”. “Como um médico pode fechar os olhos diante dessa barbárie que aconteceu no Brasil?”, questionou. Ele citou as dificuldades enfrentadas pelo programa de vacinação e disse que “não podemos compactuar com a desorganização que foi feita na saúde”.

Fonte: https://valor.globo.com/politica/eleicoes-2022/noticia/2022/10/18/em-evento-com-drauzio-varella-alckmin-obtem-apoio-dos-profissionais-da-saude-a-chapa-com-lula.ghtml

Postado por: Pedro Lucas; postado em: 27/10/2022

MANIFESTO DA FRENTE AMPLA DO CAMPO DE PÚBLICAS PELA DEMOCRACIA, POR UM ESTADO REPUBLICANO E PELAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCLUSÃO E COMBATE ÀS DESIGUALDADES

O Manifesto da Frente Ampla do Campo de Públicas pela Democracia, por um Estado Republicano e Pelas Políticas Públicas de Inclusão e Combate às Desigualdades, assinado hoje por entidades e pessoas físicas do Campo (professores/as, pesquisadores/as, estudantes, gestores/as. Acadêmicos/as e egressos) não consiste apenas num posicionamento diante da conjuntura nacional, pois vai além, ao dar início a um processo de vigilância coletiva contínua diante dos fatos políticos e político-administrativos dos próximos meses, no país, tendo em vista que ao longo de 2023 muito se definirá a respeito do futuro da administração pública e das políticas públicas no país, podendo elas sofrerem novos retrocessos ou serem beneficiadas com esforços de melhoria, conforme o perfil do futuro governo e o comportamento do novo Congresso Nacional, recém-eleito. Clique aqui e acesse.

Professores(as), pesquisadores(as), estudantes (de graduação e pós-graduação), profissionais egressos do Campo de Públicas e gestores(as) públicos e sociais podem assiná-lo em formulário disponível aqui:

https://forms.gle/edu77MFdLrwwwBrw8

Ao longo das próximas semanas e meses iniciativas serão tomadas e abrigadas pela Frente Ampla, sendo amplamente divulgadas aqui e nos sites das entidades.
Pede-se ampla divulgação nas instituições de ensino superior, departamentos, cursos, entidades estudantis e docentes, eventos, redes sociais.